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Carta mensal Austria Capital - outubro/2024

  • Foto do escritor: Leonardo Strambi, CFA
    Leonardo Strambi, CFA
  • 8 de out. de 2024
  • 4 min de leitura

Atualizado: 9 de out. de 2024


Clientes e amigos,


O terceiro trimestre de 2024 se encerrou, marcado por fortes oscilações nos mercados financeiros, incluindo a recuperação das ações após quedas acentuadas e o fortalecimento do iene japonês. A intensificação do conflito no Oriente Médio, um ano após o ataque do Hamas a Israel, ressalta a crescente volatilidade na região, com potenciais impactos no mercado global de petróleo. Nos EUA, enquanto o Federal Reserve iniciou cortes nas taxas de juros, o foco dos investidores permanece no mercado de trabalho, e a China busca reativar sua economia com novos pacotes de estímulo. Nesta carta, exploramos esses temas e suas possíveis implicações para o restante do ano. Boa leitura!


Desempenho Estratégias


Acesse a atualização de desempenho das nossas principais estratégias.



A região do Oriente Médio segue em um cenário de tensão crescente um ano após o ataque do Hamas a Israel, com o conflito se espalhando para o Líbano e potencialmente envolvendo o Irã, que recentemente lançou um ataque de mísseis sobre Israel. Apesar disso, os mercados globais mantiveram relativa estabilidade, sem grandes disrupções. A situação pode mudar com uma possível escalada entre Israel e Irã, que inclui discussões sobre ataques às instalações de petróleo iranianas.


Nos Estados Unidos, a temporada de resultados do terceiro trimestre começa, testando um mercado em alta histórica e com avaliações elevadas. Espera-se um aumento nos lucros das empresas do S&P 500 em 5,3% em comparação com o ano anterior. Além disso, o índice de preços ao consumidor será observado de perto para sinais de moderação da inflação, que pode influenciar o ritmo de cortes nas taxas pelo Federal Reserve.


Fizemos um breve resumo dos principais temas que começamos a monitorar mais de perto.


Um ano de guerra no Oriente Médio


O Oriente Médio continua a ser um foco de instabilidade global, um ano após o ataque do Hamas a Israel. O conflito agora se estende ao Líbano, com Israel em confronto direto contra o Hezbollah, apoiado pelo Irã. Recentemente, o Irã intensificou sua postura, lançando um ataque com mísseis contra Israel. Embora os mercados globais tenham se mostrado relativamente resilientes, o preço do petróleo subiu 8% na última semana, devido ao risco de uma escalada ainda maior. Caso Israel avance com ataques às instalações petrolíferas iranianas, uma desestabilização mais ampla dos mercados energéticos pode ocorrer.

Imagem: impacto no preço do petróleo


Temporada de resultados nos EUA: expectativas elevadas


Nos EUA, a temporada de resultados do terceiro trimestre está prestes a começar, testando um mercado de ações que ainda flerta com máximas históricas. Espera-se que as empresas do S&P 500 apresentem um crescimento de lucros de 5,3% em relação ao ano anterior.

Imagem: crescimento estimado para as empresas do S&P 500


Trimestre de caos e desafios no horizonte


O terceiro trimestre de 2024 foi marcado por oscilações severas. O iene japonês, geralmente estável, teve seu melhor desempenho desde 2008, enquanto as ações do grupo "Magnificent 7" (Apple, Microsoft, Nvidia, Alphabet, Amazon, Meta e Tesla) sofreram quedas acentuadas. Apesar da turbulência, os índices acionários conseguiram recuperar boa parte das perdas, e o petróleo teve uma queda de 15%. A China, enfrentando uma economia fragilizada, injetou novos estímulos para tentar conter a desaceleração. À medida que nos aproximamos do fim do ano, as eleições presidenciais nos EUA, com Donald Trump e Kamala Harris na disputa, trazem mais incertezas para os mercados.


FED: um equilíbrio delicado


O FED cortou as taxas de juros em setembro, mas o mercado de trabalho continua sendo o centro das atenções. A criação de empregos em setembro pode determinar o ritmo dos próximos cortes. A expectativa é que 145 mil novos empregos sejam gerados, pouco acima dos 142 mil registrados em agosto. Um mercado de trabalho forte pode limitar novos cortes para evitar uma pressão inflacionária, enquanto números fracos podem reacender os temores de uma recessão.


China: virando a página ou "japonização"?


Após um pacote de estímulos agressivo, a China tenta revitalizar sua economia. No entanto, os dados de setembro indicam que a atividade industrial contraiu pelo quinto mês consecutivo, e o setor de serviços também desacelerou. Apesar desses números fracos, o otimismo prevalece entre os investidores, que aguardam os impactos das novas medidas de estímulo.



Posicionamento Carteiras Administradas


  • Renda Fixa Brasil: Seguimos reduzindo gradualmente exposição a fundos de crédito, em resposta à compressão dos spreads. Aumentamos posições estruturais em NTN-Bs, especialmente nos vértices 2029 e 2035.

  • Renda Fixa Global: Aproveitamos a recente abertura na curva de juros para aumentar a duração dos portfólios. Seguimos priorizando ativos high yield, que tendem a se beneficiar de um cenário mais benigno para inflação e juros.

  • Renda Variável Brasil: Mantemos uma posição neutra para bolsa brasileira, apesar dos valuations atrativos.

  • Renda Variável Global: Apesar dos valuations mais esticados, seguimos otimistas com bolsa americana, procurando bons pontos de compra em movimentos de correção.


Caso tenha qualquer dúvida, ou queira entender com mais detalhes sobre o posicionamento dos portfólios e nossa visão de mercado, estamos à disposição.



 

Um excelente mês e bons negócios.


Leonardo Strambi, CFA Economista graduado pela PUC-RJ, MBA em Gestão de Investimentos pelo IAG/PUC-RJ, Gestor de Recursos CVM - CGA/CGE e CFA Charterholder, CFA Institute. Fundou a Austria Capital em 2017, onde atua como diretor de gestão patrimonial e gestor de portfólios.

 

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DISCLAIMER: A Austria Capital preza pela qualidade de informações e análises, ressaltando, no entanto que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento neste portal. Decisões de investimento devem ser realizadas em conjunto com um profissional, observando aspectos pessoais, situação patrimonial e perfil de risco. Opiniões e análises pessoais, que não refletem necessariamente visões institucionais, nem se configuram como recomendação de investimento.

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